sábado, 5 de maio de 2007

Ventrículos Cerebrais: Nosso Lago Interno









Vesículas parasitárias na região quiasmática.
Preenchiam os espaços entre os nervos ópticos e os segmentos iniciais das Aa. cerebrais anteriores. A grande hidrocefalia dos ventrículos laterais deve-se à obstrução à circulação liquórica nas cisternas da base.

www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/DSC49048+.JPG

Nós temos água no cérebro e na medula espinhal. Por que? Primeiro, para sustentá-los e amortece-los contra choques. Segundo, para "limpar" resíduos do metabolismo, drogas e outras substâncias que se difundem no cérebro através do sangue, além de servir como meio de difusão de células de defesa imunológica e de anticorpos. Terceiro, para nutrir o epêndima e estruturas periventriculares.
O fluído do cérebro é chamado de líquido céfaloraquidiano (líquor) ou fluído cérebro-espinhal. O líquor é um líquido claro, com pequenas quantidades de proteína, potássio, glicose e cloreto de sódio. Se o crânio for subitamente deslocado, a densidade do líquor serve para reduzir o impacto entre o encéfalo e os ossos do crânio, reduzindo por meio disso, danos compulsivos. Se o cérebro ou os vasos sanguíneos que o irrigam aumentam de volume, o líquor é drenado e diminui a pressão intracraniana, para manter o volume constante.
O crânio é como uma "caixa rígida". Quando a pressão intracraniana é aumentada (por injúria ou hidrocefalia), o crânio se torna excessivamente preenchido com tecido cerebral inchado, sangue, ou líquor e pode aumentar a pressão sobre o tecido cerebral. A pressão intracraniana aumentada pode causar mudanças nas respostas dos pacientes incluindo agitação, confusão, resposta diminuída, e coma.
O líquor circula no cérebro e medula espinhal através de cavidades especiais que constituem o chamado sistema ventricular (do termo em latim venter, cavidade). As cavidades são designadas como dois ventrículos laterais, o terceiro ventrículo e o quarto ventrículo. Comunicando os ventrículos laterais com o terceiro ventrículo encontram-se os forames ventriculares (um em cada hemisfério cerebral), enquanto o aqueduto de Sylvius comunica o terceiro ventrículo, situado no diencéfalo, com o quarto ventrículo, situado no rombencéfalo. Em cada uma das quatro cavidades ventriculares evagina-se um plexo vascular, responsável pela produção do líquor (o plexo coróide)
Os ventrículos laterais invadem os lobos frontal, temporal e occipital. Por isso, são considerados em cada ventrículo, três cornos: um anterior ou frontal, outro posterior ou occipital e, finalmente, o inferior ou temporal.
Cada ventrículo contém o plexo coróide (tecido especializado dos ventrículos) que produz o líquor.
Se houver uma obstrução em determinado ponto, o líquor se acumula e comprime o tecido nervoso vizinho de encontro à caixa craniana que o protege. Originam-se assim, casos de hidrocefalia, com sérios prejuízos das funções cerebrais. As cavidades ventriculares ficam excessivamente amplas, devido à estagnação do líquido em seu interior. Com isso, aumenta a pressão intracraniana.

http://www.cerebromente.org.br/n02/fundamentos/ventriculos.htm

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